Quadros (1997), por sua vez, aponta para a convencionalidade das línguas de sinais ao descrever como o possível aspecto icônico dos sinais originais se perde com o tempo. Ele dá como exemplos os sinais em LIBRAS para "pai" e "mãe" que são feitos com a junção de dois sinais: "homem" e "benção" para o sinal de PAI e "mulher" e "benção" para o sinal de MÃE. Para surdos adultos, atualmente, é possível perceber a motivação icônica destes sinais no antigo hábito das crianças pedirem benção aos pais beijando-lhes as mãos, mas, para as crianças urbanas de hoje em dia esta situação normalmente não é observada em seu contexto sociolingüístico. Portanto, os sinais são adquiridos de forma convencional, sem associação com os fatos que lhes deram origem.
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